Ata do Copom vê cenário inflacionário

Por Jorge Alexandre Machado

A ata da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) que elevou, na semana passada, a taxa básica de juros (Selic) para 11,75%, correspondendo a um aumento de 0,50 ponto percentual ao ano, afirma que "diante dos sinais de aquecimento da economia são relevantes os riscos para um cenário inflacionário benigno". Justifica, portanto, a medida com a alegação de que ela deve "evitar que pressões originalmente isoladas sobre os índices de preços levem à deterioração persistente das expectativas e do cenário prospectivo para a inflação."

O aumento surpreendeu o mercado. Ainda que analistas esperassem uma elevação na taxa Selic, apostavam em, no máximo 0,25 ponto percentual.

O Comitê, diante dos sinais de aquecimento da economia, como declara, conclui que, com a decisão, "está, de fato, contribuindo para a sustentação do crescimento, o que requer estabilidade, previsibilidade e a conseqüente extensão do horizonte de planejamento das empresas e famílias, bem como para resguardar os importantes incrementos na renda real dos assalariados observados nos últimos anos."

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