Brasileiro comanda pouso em Marte

Por Jorge Alexandre Machado

A sonda Phoenix Mars Lander, vista nessa concepção artística da Nasa, descerá em Marte hoje, por volta das 20h30, horário de Brasília, após uma viagem de 679 milhões de quilômetros, feita em quase dez meses. Entre os comandantes está o brasileiro Ramon de Paula, chefe da missão.

A Nasa (agência espacial americana) investiu mais de US$ 450 milhões e espera nessa missão investigar a camada de gelo existente na superfície de Marte por meio de um braço robótico. Segundo a Folha Online, "ao estudar as condições e as origens da água no local, a Phoenix vai procurar por outras condições propícias para a vida no planeta, como compostos orgânicos".

O brasileiro está nos Estados Unidos desde 1969, quando tinha 17 anos de idade. Acompanhou o pai, oficial da Força Aérea Brasileira, que foi trabalhar na Comissão Aeronáutica Brasileira, em Washington. Ramon de Paula é engenheiro eletrônico e fez especialização em engenharia nuclear.

"Há muitos, muitos riscos e incertezas", disse Edward Weiler, administrador da divisão científica da Nasa. Desde o início dessas missões de exploração ao planeta vermelho, 55% das sondas enviadas para pouso em Marte fracassaram, ele disse. Conforme lembrou o site Terra, "para chegar ao gelo, é preciso primeiro atravessar o fogo. A espaçonave precisa sobreviver à temperatura elevada da entrada na atmosfera e depois à arriscada aterrissagem no planeta".

O engenheiro afirmou à Folha Online que "estamos cientes dos riscos e das dificuldades. Mas achamos que é importante entender o Pólo Norte de Marte, saber o que aconteceu com a água, com o clima, como ele mudou. Isso pode beneficiar a gente aqui na Terra"

Comentários

Unknown disse…
Será que sou o primeiro a postar um comentário? Então vou ter que caprichar! Lá vai!

"Brasileiro comanda pouso em Marte", emblemático: brasileiro comanda...

Não sei o que acontece neste país, brasileiros se destacam ao redor do mundo nas áreas de tecnologia de ponta, artes, moda, esportes etc. etc.

Quando ainda era criança, já tinha notícias de vários Cesar Lates por aí a fora e com tristeza vemos que essas cabeças privilegiadas, não conseguem se estabelecer por aqui, não há espaço, não existe política pública para esse tipo de desenvolvimento.

Vinte anos atrás li surpreso uma notícia que brasileiros, não sei se no Ita ou na Usp, tinham desenvolvido um processador de urânio muitas vezes mais econômico e eficiente que a mais moderna tecnologia existente no primeiro mundo, a surpresa maior foi porque sabia que os Estados Unidos não permitiam que processássemos urânio, tanto quanto também não permitiam que tivéssemos supercomputadores, é mole? Você se lembra disso?

Por que não produzimos chips de computadores? Não faltam técnicos com capacitação e megainvestidores capazes de financiar projetos nessa área. Até as batatas "chips" vem do primeiro mundo rs rs rs...

Aí eu me pergunto o que será que acontece? Parece haver um motivo outro além de capacitação, recursos, ou vontade política.

Parece que alguém não quer que nos estabeleçamos na área tecnológica por algum motivo. Será que querem que permaneçamos imbecis e incapazes para solapar completamente nossa Amazônia, nosso ouro, nióbio e outras dezenas de minerais abundantes em nosso território, recursos naturais, biodiversidade, enfim...

Enquanto não nos descolarmos do Terceiro Mundo em termos tecnológicos não teremos nem como fazer um planejamento de salvação
de nada, enquanto isso o entreguismo do Brasíl para o Capital Internacional continua de vento em popa...
Anônimo disse…
Jorge, o seu blog é muito bom. Reúne diversos segmentos de notícias...

Sobre novidades, poderíamos inventar o que fazer com o lixo eletrônico, computadores, pcs, etc..ficaríamos ricos se descobrirmos como aproveitar o "resto" da tecnologia usada no mundo. Abraços!