18 de junho de 2008: centenário da imigração japonesa no Brasil


Por Jorge Alexandre Machado

Era início do século XX, quando um grupo de 165 famílias japonesas (781 pessoas) desembarcou no Porto de Santos, com sonhos e um projeto de vida. O navio era o Kasato Maru e vinha do porto de Kobe, uma cidade japonesa na província de Hyogo, trazendo imigrantes para trabalhar nos cafezais do oeste de São Paulo. A data: 18 de junho de 1908, que ficou consagrada como o marco da imigração japonesa, decorrente de um acordo imigratório entre Brasíl e Japão.


O maior fluxo, no entanto, só ocorreu após a I Guerra Mundial, mais especificamente entre 1918 e 1940, quando cerca de 160 mil japoneses desembarcaram em solo brasileiro. Hoje já são mais de 1,5 milhão de japoneses e descendentes que vivem no Brasil, que desde os primeiros imigrantes, foram decisivos para a construção do país dos últimos cem anos. Aqui é a nação que abriga a maior quantidade de japoneses e descendentes fora do Japão.

Para participar das solenidades de comemoração do centenário da imigração um visitante ilustre. Chegou ontem a Brasília o Príncipe Naruhito, herdeiro do trono do Japão. Ele participará, na capital federal, do lançamento de selos comemorativos à chegada dos imigrantes. Depois, durante os nove dias de sua estada, segue para São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A princesa Masako, não pôde acompanhar o marido, pois está em tratamento médico devido a um "transtorno adaptativo", caracterizado por sintomas de ansiedade e estado depressivo.
O Brasil que acolheu e ainda acolhe imigrantes e turistas de todo o mundo é hoje conhecido pela diversidade de culturas e pela miscigenação que faz do país um lugar único, onde convivem todas as raças, sem conflitos ou xenofobia.


COLÔNIA JAPONESA NO BRASIL:
isseis (japoneses de primeira geração, nascidos no Japão) 12,51%;
nisseis (filhos de japoneses) 30,85%;
sanseis (netos de japoneses) 41,33%;
yonseis (bisnetos de japoneses) 12,95%

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