Olimpiada de Pequim promete ser boa pra cachorro

Por Jorge Alexandre Machado

A China proibiu a venda de carne de cachorro durante as Olimpíadas de Pequim, em agosto, e só será novamente liberada para consumo em setembro. A medida é "para evitar confitos", segundo o subdiretor do escritório de turismo de Pequim, Xiong Yumei, conforme divulgou a imprensa chinesa.

A Associação de Restaurantes de Pequim decidiu aplicar a medida nos 112 restaurantes sugeridos aos visitantes, mas os demais devem suprimir do cardápio o prato tão apreciado por milhares de chineses, por suas qualidades nutritivas e supostas virtudes medicinais. De acordo com os chineses, a carne dos considerados melhores amigos do homem ajuda a combater a hipertensão.

Mas a proibição não se estende a carne de gatos também apreciada, especialmente no sul da China. Portanto, quem não for adepto também da utilização de felinos como alimento, para não ser surpreendido, é bom durante a visita à China nas Olimpíadas de 2008 adotar uma dieta bem vegetariana.
Para o médico veterinário Dr. Marcel Benedeti as pessoas consomem carnes de animais como fonte de proteínas. Para ele, é uma questão cultural ou de hábito. "Não há diferença entre os que se alimentam de carnes de cachorro dos que se alimentam de carnes bovinas ou suínas", afirma. Benedeti acredita que nos alimentarmos de carnes de animais, qualquer que seja, é ruim porque estamos nos servindo de "seres inteligentes que tem noção de seus sofrimentos no momento da morte".
Talvez essas preferências pudessem explicar a origem do hábito desse povo de cuspir no chão, mas quanto a isso não há nenhuma comprovação ou sequer especulação a respeito. O que há de fato é que as autoridades por lá têm pedido aos cuspidores que evitem essa prática. Pelo menos até o fim das Olimpíadas de 2008. E o mundo agradece: xièxie 谢谢 (Obrigado).

NOTA: As Olimpíadas de Pequim serão realizadas de 8 a 24 de agosto de 2008.

Comentários

Anônimo disse…
Maravilha, algum avanço pelo menos. Melhor ainda se proibirem para sempre a comercialização dessa carne. Mas enfim, trata-se de um problema cultural mesmo...