ALÉM DE FEBRE, TOSSE E ESPIRROS





Por Jorge Alexandre Machado

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou hoje que o número de casos oficialmente confirmados de contágio pela gripe suína é de 331, espalhados em 11 países, e já causou 10 mortes até agora.

Os Estados Unidos têm 109 casos e uma morte e o México, 156 e 9 mortes. Outras incidências da doença foram confirmadas na Áustria (1), Canadá (34), Alemanha (3), Israel (2), Holanda (1), Nova Zelândia (3), Espanha (13), Suíça (1) e Grã-Bretanha (8).


Mais do que espirros, tosses e outros desconfortos, o vírus, referido pela OMS, como influenza A (H1N1), tem feito muitos estragos pelo mundo também no processo de desenvolvimento, que vinha acelerado pela globalização. Antes da praga, o planeta parecia caminhar para a tão sonhada aldeia global: comércio livre entre países, turismo crescente, migrações e emigrações. Agora, após o nível de alerta 5 (pandemia iminente), o quadro é de medo generalizado que passou a criar até um novo acessório unissex, cada vez mais procurado, para uso diário: a máscara.


O pânico tem gerado uma febre de medidas que leva à “desglobalização”, como o fechamento de aeroportos, proibição de ir e vir, restrições ao comércio de alimentos, especialmente da carne de porco e mais xenofobia. Se não bastasse a crise financeira mundial, que por sinal nem se fala mais tanto, os “sintomas” dessa nova doença no cenário mundial é de retração, atraso, problemas nas relações interpessoais, além do agravamento da crise econômica em diversos países, como o México. A crise financeira e a Influenza têm intimado o mundo a se rearranjar e reinventar.


Além de vacinas e remédios para tratamento do mal nas pessoas, há que se atuar também na prevenção dos efeitos devastadores que esse vírus pode causar na humanidade, no que se refere ao processo de evolução, de desenvolvimento econômico e, principalmente das relações humanas. De outra forma, o surto pode passar, mas deixará, uma população de mascarados, com lembranças vivas de uma Influenza altamente negativa em nossa história.


A primeira coisa a fazer, talvez seja a conscientização de todos sobre esses outros efeitos da gripe, chamada suína, que não são detectados clinicamente. Por isso tenho fé na internet e nas redes sociais.


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