A COROA DO VÍRUS


Por Jorge Alexandre Machado

Em 2009, o medo tomava conta do planeta pelo surgimento do vírus Influenza A (H1N1). Naquela época, postei aqui no blog o texto "Além de febre, tosses e espirros", que tratava do assunto. Logo, veio a vacina e o controle da pandemia que surgia no momento. O mundo voltava ao normal.

Mas no final de 2019, mais de dez anos depois daquela tragédia, evitada com sucesso, nos deparamos com o aparecimento do novo coronavírus, batizado de COVID-19, que retoma alguns problemas abordados à época.

Hoje, de acordo com o mapa dinâmico criado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, em parceria com a empresa americana ESRI, já são 81.322 casos, confirmados, no mundo, com 2.770 mortes. No Brasil, foi confirmado hoje o primeiro caso da doença, em São Paulo. Um brasileiro de 61 anos que viajou para a Itália, a trabalho.

Máscaras no rosto e preconceito no coração se ampliam, junto com a tendência à "desglobalização", pelo fechamento de aeroportos em alguns locais, restrições do processo de ir e vir,  e o crescimento do pânico de uma pandemia, que alguns analistas já apontam como inevitável.

Cuidados são necessários, mas xenofobia, discriminação, entre outros preconceitos, disparam um alerta que nos faz refletir sobre o que vem a ser humanidade e lembra que o homem é "um animal social", como já dizia Aristóteles.

Torcemos pelo surgimento rápido de uma vacina que controle a epidemia, mas com a consciência de que essa nova gripe não pode nos levar a retrocessos em nosso processo de crescimento como seres humanos.

Ao longo da história já superamos doenças com maior letalidade, em uma época de poucos, ou mesmo nenhum recurso, para tratá-las. Vamos tirar a coroa do vírus, pois quem tem reinado nesse mundo somos nós. Claro, ainda que precisando de várias correções de rumos e comportamentos.

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